Agora nossa conversa com é você gestor da escola, quer seja particular ou privada. Qual o seu papel na escola? Estar sempre na sua sala com suas obrigações administradoras em dia? Não é apenas isso, você está ligado diretamente a formação do aluno. Selecionamos um série de artigos e reportagens que discutem exatamente isso, qual a real função do gestor escolar. Mas antes vamos dar uma olhada como surgiu este cargo?
Como surgiu a função de diretor escolar?
Cargo nasceu para organizar o trabalho nos grupos escolares
FONTE: http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/surge-diretor-escolar-482307.shtml. ACESSO EM 01-03-2014
No primeiro dia de aula de 1894, os alunos da recém-inaugurada escola-modelo Caetano de Campos, no centro de São Paulo, estranharam o ambiente. Até então, eles haviam frequentado classes improvisadas na casa de um professor ou em prédios públicos mal conservados. A gigantesca estrutura arquitetônica do novo edifício - com 60 salas de aula, laboratórios, pátio, biblioteca e museu - era o símbolo da renovação educacional prometida com a Proclamação da República, em 1889. E o início de uma nova organização: a dos grupos escolares, criada por reformadores como Antônio Caetano de Campos (1844-1891), retratado na ilustração.
Esse modelo, forjado pela proposta iluminista republicana de racionalizar custos, exercer controle e oferecer acesso à Educação para todos, reunia de quatro a dez grupos de alunos, que até então estudavam isolados. As crianças passaram a ser organizadas por classes seriadas de acordo com o nível de conhecimento, com um docente para cada 40 pupilos. Funcionários com formação diversa passaram a cuidar da aplicação do currículo e do gerenciamento da escola. A fiscalização dessa instituição não poderia mais ser realizada a distância pelos inspetores. Era preciso ter alguém dentro da escola e, assim, surgiu o cargo de diretor. Cabia a ele fazer a interlocução junto ao governo e determinar as diretrizes administrativas e pedagógicas dos grupos. A influência dele passou a ser tão grande que quem exercia o posto era frequentemente convidado para assinar artigos em revistas e jornais, fazer conferências e se tornar conselheiro de secretários de estado. João Lourenço Rodrigues (1869-1954), inspetor geral de ensino de São Paulo, assinalou em relatório de 1908: "A escolha do diretor é uma questão de vida ou morte. Pode-se dizer, em geral, que tanto vale o diretor, tanto vale o grupo".
Essa concepção de organização escolar espalhou-se durante as três primeiras décadas do século 20 para estados do Sul ao Nordeste. Porém o ideal republicano de Educação para todos, tendo os grupos escolares como embrião, não se concretizou. A falha foi pedagógica e também material. A homogeneização das classes otimizou recursos e esforços, mas a escola republicana gerou altos padrões de seleção e exigência - que acabaram por excluir as crianças de classes menos favorecidas. Concebida para ser do povo, tornou-se das elites. Faltaram professores qualificados, estrutura para atingir o interior e atender toda a demanda gerada com o crescimento demográfico e recursos para a construção de novos estabelecimentos nos padrões de excelência da Caetano de Campos. Em 1920, o estado de São Paulo tinha 67,9% das crianças em idade escolar fora das salas e 74,2% da população era analfabeta.
A despeito do fracasso desse modelo, ele durou até meados de 1970 e a estrutura dos primeiros anos do Ensino Fundamental, hoje, é praticamente a mesma dos grupos escolares da Primeira República (1889-1930). Problemas como infraestrutura e formação de professores continuam em pauta. De positivo, permanecem apenas a importância do diretor - agora reconhecido como gestor - e seu papel decisivo na realização do sonho republicano de uma escola pública de qualidade para todos.
Qual o papel do gestor escolar? Veja diferentes opiniões sobre o assunto e reflita sobre como estas podem influenciar para melhor seu desempenho na equipe escolar.
É obrigação do gestor escolar garantir que os estudantes aprendam. Será que ele conhece e desempenha essa tarefa com responsabilidade?
Texto Fernando José de Almeida
Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/papel-gestor-escola-509125.shtml
Foto: Leo Drumond
Carlos Henrique Alves, diretor da EE Barão do Rio Branco. Os diretores são grandes responsáveis pelo rendimento dos alunos e da escola
A rotina de todo diretor é marcada pela variedade de atividades. Ao chegar à escola, o que ele planejou fazer naquele dia geralmente se perde em meio às emergências que surgem de todos os cantos. O telhado mal vedado, a falta de um professor, o acidente de um aluno, o recurso que não chegou. Tudo o obriga a reorganizar o plano de trabalho, sem poder adiar ou cancelar, é claro, as prestações de contas, as reuniões na Secretaria de Educação e a visita dos familiares dos alunos. Assim, as funções primordiais do cargo vão se perdendo e correm o risco de cair no esquecimento. Aliás, quais são elas mesmo?
Uma pesquisa feita pela Fundação Victor Civita (FVC), em parceria com oIbope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), constatou que o dia a dia do gestor é mais marcado por essas tarefas do que pelo que seriam as três principais preocupações inerentes ao cargo:
- dirigir a relação entre ensino e aprendizagem;
- orientar para o saber;
- gerenciar o conhecimento.
Se a escola é o lugar formal do conhecimento, onde se formam o trabalhador de amanhã, o leitor e o escritor competente e o indivíduo ético, nada mais óbvio que a instituição tenha de ser bem gerida em todos os aspectos para funcionar com êxito. Porém a falta de uma visão integrada entre o administrativo e o pedagógico leva os diretores a outro equívoco, também apontado no estudo: nenhum dos gestores entrevistados atribui a si próprio a responsabilidade pelo baixo desempenho dos alunos. Há outros fatores que também espantam. Eles creditam a culpa pelos resultados ruins das escolas, no que diz respeito à aprendizagem, ao governo (48%), à comunidade (16%), aos professores (13%), aos alunos (9%) e até mesmo à escola (7%) - como se a instituição fosse um elemento independente de suas esferas constituintes.
Com isso, fica evidente que eles ainda desconhecem sua máxima obrigação e resumem sua atuação à burocracia. Mesmo que existam os coordenadores pedagógicos e as universidades e as Secretarias de Educação colaborem com o processo de formação em serviço dos docentes, a responsabilidade pelo desempenho insatisfatório dos alunos é do gestor. Durante as entrevistas da pesquisa, eles só assumem que a aprendizagem também os compete quando questionados diretamente sobre ela. Para que a direção da escola fosse citada (e ainda assim pouco responsabilizada) pelos entrevistados, foi preciso que os pesquisadores perguntassem a todos quem era mais responsável pelo aprendizado dos alunos. Assim, eles apontaram, em primeiro lugar, a comunidade (45%). Depois, os professores (42%), os alunos (29%) e só então a direção (26%) - esses e outros resultados são o tema da reportagem de capa da revista GESTÃO ESCOLAR de outubro/novembro. Os porcentuais indicam com clareza que os diretores acham que os alunos têm mais responsabilidade que eles se não aprendem. Assumem a tarefa, mas não o fracasso dela.
É como se o mundo da Educação vivesse o mesmo problema que recai sobre a seleção brasileira de futebol em época de Copa do Mundo. Todos se sentem técnicos e julgam ter as melhores estratégias para vencer um jogo. Mas ninguém se sente culpado quando a derrota ocorre e o problema fica no ar, sem autor. Por isso, o governo aparece na pesquisa como o primeiro responsável pelo fracasso: é uma estrutura impessoal, etérea, fluida, que funciona como se não tivesse sido eleita por ninguém.
O diretor não está sozinho nesse pensamento equivocado. Todos nós temos uma porção de responsabilidade. Ainda assim, é urgente o entendimento de que o gestor que não assume a tarefa de garantir a aprendizagem das crianças não compreende seu papel.
Fernando José de Almeida (gestao@abril.com.br) é filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da TV Cultura - Fundação Padre Anchieta.
O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR
por: Geórgia Andreia de Oliveira
Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/gestao-e-lideranca/artigos/49210/o-papel-do-gestor-escolar
O diretor de uma escola deve estar atento a tudo
O papel do gestor escolar não se resume meramente à administração do estabelecimento de ensino, mas a de um agente responsável por mudanças.
Porém, é preciso incorporar esse gestor à modernização. Mudanças rápidas e velozes ocorrem todos os setores, algumas são mais visíveis como no caso da área tecnológica, e, precisamos acompanhá-las. É preciso entender que a educação não é uma área inerte, as transformações ocorrem à medida que nosso foco - o aluno- interage com o mundo externo.
O gestor da atualidade deve gerenciar com responsabilidade, motivação, preocupado com a formação continuada de sua equipe, interagindo com a comunidade escolar, atualizando-se e, compartilhando conhecimentos.
Gerenciar, é tarefa de quem está à frente da empresa. A escola é uma empresa, que precisa administrar recursos, possui um grupo técnico (professores), um grupo administrativo e, cujo objetivo é atender e fornecer serviços especializados a sua clientela (alunos).
Como gerente do processo educacional, precisa perceber o ambiente educacional e seus componentes, como uma organização que tem uma missão, um objetivo a ser alcançado e, recursos a serem administrados.
Liderar, planejar, com a participação dos envolvidos no cenário escolar, organizando, dirigindo e controlando todo o processo administrativo, utilizando-se de concepções e ferramentas administrativas. Visando o alcance dos objetivos e metas.
Parecem estas as atribuições do gestor escolar.
Porém, é preciso incorporar esse gestor à modernização. Mudanças rápidas e velozes ocorrem todos os setores, algumas são mais visíveis como no caso da área tecnológica, e, precisamos acompanhá-las. É preciso entender que a educação não é uma área inerte, as transformações ocorrem à medida que nosso foco - o aluno- interage com o mundo externo.
O gestor da atualidade deve gerenciar com responsabilidade, motivação, preocupado com a formação continuada de sua equipe, interagindo com a comunidade escolar, atualizando-se e, compartilhando conhecimentos.
Gerenciar, é tarefa de quem está à frente da empresa. A escola é uma empresa, que precisa administrar recursos, possui um grupo técnico (professores), um grupo administrativo e, cujo objetivo é atender e fornecer serviços especializados a sua clientela (alunos).
Como gerente do processo educacional, precisa perceber o ambiente educacional e seus componentes, como uma organização que tem uma missão, um objetivo a ser alcançado e, recursos a serem administrados.
Liderar, planejar, com a participação dos envolvidos no cenário escolar, organizando, dirigindo e controlando todo o processo administrativo, utilizando-se de concepções e ferramentas administrativas. Visando o alcance dos objetivos e metas.
Parecem estas as atribuições do gestor escolar.
O papel do diretor
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/papel-diretor-423393.shtml
Como um maestro, o líder da equipe concilia o trabalho pedagógico com o administrativo
É possível fazer uma comparação entre o trabalho de um maestro e o de um diretor de escola. Ambos são líderes e regem uma equipe. O primeiro segue a partitura e é responsável pelo andamento e pela dinâmica da música. O segundo administra leis e normas e cuida da dinâmica escolar. Os dois servem ao público, mas a platéia do "regente-diretor" não se restringe a bater palmas ou vaiar. Ela é formada por uma comunidade que participa da cena educacional.
Mais do que um administrador que cuida de orçamentos, calendários, vagas e materiais, quem dirige a escola precisa ser um educador. E isso significa estar ligado ao cotidiano da sala de aula, conhecer alunos, professores e pais. Só assim ele se torna um líder, e não apenas alguém com autoridade burocrática. Para Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo e consultor, há três perfis básicos nessa função:
O administrador escolar - mantém a escola dentro das normas do sistema educacional, segue portarias e instruções, é exigente no cumprimento de prazos;
O pedagógico - valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação pedagógica e cria oportunidades de capacitação docente;
O sociocomunitário - preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.
Como é muito difícil ter todas essas características, o importante é saber equilibrá-las, com colaboradores que tenham talentos complementares. Delegar e liderar devem ser as palavras de ordem. E mais: o bom diretor indica caminhos, é sensível às necessidades da comunidade, desenvolve talentos, facilita o trabalho da equipe e, é claro, resolve problemas.
O administrador escolar - mantém a escola dentro das normas do sistema educacional, segue portarias e instruções, é exigente no cumprimento de prazos;
O pedagógico - valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação pedagógica e cria oportunidades de capacitação docente;
O sociocomunitário - preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.
Como é muito difícil ter todas essas características, o importante é saber equilibrá-las, com colaboradores que tenham talentos complementares. Delegar e liderar devem ser as palavras de ordem. E mais: o bom diretor indica caminhos, é sensível às necessidades da comunidade, desenvolve talentos, facilita o trabalho da equipe e, é claro, resolve problemas.
O que ele faz
Incentiva iniciativas inovadoras.
Elabora planos diários e de longo prazo visando à melhoria da escola.
Gerencia os recursos financeiros e humanos.
Assegura a participação da comunidade na escola.
Identifica as necessidades da instituição e busca soluções.
Incentiva iniciativas inovadoras.
Elabora planos diários e de longo prazo visando à melhoria da escola.
Gerencia os recursos financeiros e humanos.
Assegura a participação da comunidade na escola.
Identifica as necessidades da instituição e busca soluções.
Papel de Diretor
Fonte: http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/papel-diretor.htm
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Cabeças integradas pensam melhor
Quem pensa que tarefa de diretor é fácil está enganado, seu trabalho não se limita a ficar sentado atrás de uma mesa, assinando cheques, lidando com prestadores de serviços, fazendo compras, reposição de materiais, etc. Ao contrário, o diretor é o gestor da escola, a cabeça que pensa em todos os detalhes para que não só a educação naquele espaço escolar seja de qualidade, mas o atendimento à comunidade, pais, alunos e funcionários.
O diretor de uma escola deve ter os olhos e ouvidos abertos, percebendo o que está certo ou errado, o que não funciona, em que aspectos pode melhorar em si mesmo, nos professores, nos alunos, nos objetivos da escola, na disposição do tempo, na visão que os outros fazem da instituição, nas suas próprias atitudes e habilidades. Precisa perceber a importância de capacitar seus professores a fim de que se vejam como ótimos profissionais, criando autoconceito positivo nos mesmos. É muito bom saber que o diretor da escola está satisfeito com o trabalho que desenvolve, isso causa motivação, e trabalhar motivado é o caminho para o sucesso.
É importante que o diretor valorize o que cada um tem de bom, demonstrando seu nível de satisfação com os mesmos. Isso acontece quando fala aos pais dos alunos sobre as conquistas alcançadas, sobre os projetos e metas que serão atingidos. Esses objetivos devem ser traçados pelo grupo, pela equipe pedagógica e administrativa da escola. Não pense que fazer uma lista de objetivos e distribuí-la para o pessoal será elemento motivador. Pelo contrário, decisões arbitrárias são totalmente desmotivadoras, castradoras, pois limita o trabalho a ser desenvolvido na sala de aula. Os professores são os gestores das aulas, devem ter autonomia para trabalhar e seguir os caminhos que consideram mais importantes, os melhores caminhos.
Promover cursos com psicólogos e outros profissionais da educação, palestrantes, montando um cronograma de estudos, formação contínua dos profissionais que lidam com os alunos e pais é fundamental, pois manter a atualização, abrir espaços para discussões do grupo, além de ouvir palestras sobre temas do cotidiano escolar é muito importante. Palestrantes bem qualificados também são motivadores dos profissionais, fortalecem a intenção profissional de cada sujeito, servem de exemplo para todos.
Trabalhar com pensamento positivo também deve ser uma forma presente na escola, adotada pela direção e pelos funcionários. É importante manter afirmações positivas tanto do trabalho como dos alunos. Parar de achar difícil dar aula para essa ou aquela turma porque é a turma de um aluno que não participa das aulas e desafia o professor o tempo todo. É melhor criar uma forma de chamar a atenção desse aluno, conquistando-o para o processo de aprender, compartilhar, trocar experiências positivas.
Os sonhos não devem ser deixados de lado. Idealizar os caminhos aos quais se pretende seguir, obter grandes resultados, conquistas inesperadas, acreditar sempre na força da instituição é preciso. Para que a escola cresça é necessário idealizar o seu tamanho, em que patamar pretende-se chegar.
Uma escola com nome de “escolinha”, sempre será uma escolinha; uma escola para atender um número limitado de alunos, sempre terá aquele número – ou menos, pois não se prepara para crescer; manter a ideia de poucas verbas para se investir também paralisa os sonhos, os ideais. Trabalhar com metas a serem atingidas, objetivar os caminhos a serem percorridos e superados é o melhor a se fazer para que a instituição cresça; e, com ela, professores, alunos, comunidade e direção. Pense nisso!
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